FIFA / CBF
Não é de hoje que as caixas preta da CBF e da FIFA estão na berlinda, presas por um fio.
Alguns políticos tentaram investigar a entidade Brasileira, sempre escondida atrás da legislação desportiva.
Chegou a hora de efetivamente abrir e escancarar as entidades, esclarecendo os anos e anos de recebimento de propinas, alardeadas por seu presidente, intocável, acima do bem e do mal.
Os prejuízos financeiros causados pelas instituições são gigantescos.
No Brasil, a dívida dos clubes para com a previdência, questões trabalhistas, direitos de imagem, negociatas de jogadores, evasão de divisas, e por aí vai....
É chegada a hora que muitos queriam. A hora dos esclarecimentos, dos envolvimentos usando a Seleção Brasileira, patrocinadores, empresários, enriquecimentos ilícitos, dirigentes empresários e toda a bandalheira que se transformou essa fábrica de dinheiro chamada futebol.
A nossa "sociedade de mercado", graças a Deus, está sofrendo duros golpes de valores éticos, morais, de valorização da família, dos ideais que fizeram parte de uma geração que imaginou uma transformação profunda para o nosso País.
Ninguém consegue impedir uma ideia quando seu tempo é chegado!
É chegado a hora de passarmos a régua, de lavarmos a roupa suja, de colocarmos o trem novamente nos trilhos, de soluções, de um choque de honestidade e de respeito.
Boa notícia nesse alvorecer de terceiro milênio. Vejam a transcrição dos fatos.
A polícia da Suíça prendeu nesta quarta-feira nove dirigentes da Fifa a pedido da justiça dos EUA sob a acusação de corrupção e diversos outros crimes. Os suspeitos foram detidos num hotel em Zurique e poderão ser extraditados para os Estados Unidos. O departamento de justiça americano confirmou que o ex-presidente da CBF, José Maria Marin, foi um dos detidos. O Departamento Federal de Justiça suíço informou que está questionando os dirigentes sobre a votação para escolha das sedes das Copas de 2018 e 2022.
Delegados de quase todas federações de futebol estão em Zurique para o congresso da Fifa marcado para esta sexta-feira - no qual Joseph Blatter tentaria buscar seu quinto mandato como presidente da entidade. O porta-voz da Fifa, Walter de Gregorio, disse que Blatter não está entre os acusados.
Segundo o jornal, as acusações baseadas numa investigação do FBI que começou em 2011 apontam corrupção generalizada na Fifa nas últimas duas décadas - envolvendo a disputa pelo direito de sediar as Copas da Rússia (2018) e Catar (2022) - além de contratos de marketing e televisionamento. O rival de Blatter na eleição, o príncipe jordaniano Ali Bin Al Hussein, comentou para a emissora inglesa BBC:
- Hoje é um dia triste para o futebol. É uma história em andamento - cujos detalhes ainda estão aparecendo.
Os outros dirigentes detidos na Suíça, além de Marin, foram Jeffrey Webb (Ilhas Cayman), vice-presidente da comissão executiva e presidente da Concacaf; Eugenio Figueredo (Uruguai), que também integra o comitê da vice-presidência executiva e até recentemente era presidente da Conmebol; Jack Warner (Trinidad e Tobago), ex-vice-presidente da Fifa e ex-presidente da Concacaf, acusado anteriormente de inúmeras violações éticas; Julio Rocha (Nicarágua), presidente da Federação Nicaraguense; Costas Takkas, braço-direito do presidente da Concacaf; Rafael Esquivel, presidente da federação da Venezuela e membro do comitê-executivo da Conmebol; Nicolás Leoz, ex-presidente da Conmebol; e Eduardo Li, presidente da Federação da Costa Rica.
A lei dos Estados Unidos dá a autoridade ao Departamento de Justiça para abrir casos contra estrangeiros que vivem no exterior. De acordo com "The New York Times", os promotores americanos têm usado esse expediente em relação a casos de terrorismo internacional. Para validar essa participação, os EUA precisam apenas da menor ligação dos suspeitos com o país como um provedor de serviços de internet ou banco americano.
A Justiça Suíça divulgou nota oficial informando que seis acusados foram presos e aguardarão processo de extradição para os EUA. Segundo a nota, as autoridades americanas acusam os suspeitos de receberem milhões de dólares em subornos. As escolhas de Rússia e Catar como sedes para as duas próximas Copas (2018 e 2022) podem ser o tema central das investigações. O Departamento de Justiça americano informou que as investigações incluem até o contrato da CBF com uma "grande marca americana" - supostamente a Nike.
Jack Warner presidente da Concacaf (Foto: Getty Images)
Joseph Blatter não está entre os acusados, porém seu nome figura na lista de investigados pela polícia. Segundo informações da TV americana "CNN", o FBI já vinha atuando sobre o caso há cerca de três anos.
A operação surpresa foi realizada por policiais à paisana, que se dirigiram ao balcão de registros do Hotel Baur au Lac e, já de posse das chaves, subiram aos quartos dos suspeitos, efetuando as prisões. Todos os acusados responderão, entre outras, por fraude eletrônica e lavagem de dinheiro.
O objetivo do dirigente era deixar encaminhado, na sexta-feira, o acerto para o seu quinto mandato à frente da entidade maior do futebol mundial.
Ainda na manhã desta quarta-feira, a Fifa informou que irá realizar uma conferência de imprensa às 11h (6h no horário de Brasília) em sua sede de Zurique.
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